União Brasil e PP, partidos da base do governo Lula, anunciam que vão votar contra pacote de Haddad
PP e União Brasil unificam posições contra aumento de impostos, o que dificulta aprovação da nova medida do governo. A estratégia visa pressionar pela redução de gastos em vez de novas tributações.
Partidos PP e União Brasil anunciam que vão “fechar questão” contra qualquer aumento de impostos no governo Lula.
A decisão implica que todos os parlamentares dessas siglas deverão votar unificados, o que representa um dure golpe para a Medida Provisória (MP) que visa elevar a arrecadação, substituindo a alta do IOF.
Em coletiva, Antônio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP) defenderam que o governo deve focar em corte de gastos e combate ao desperdício. Rueda afirmou: “Taxar, taxar, taxar, não pode e não será nunca a saída.”
Juntos, PP e União Brasil somam 109 deputados federais e 14 senadores, representando mais de um terço do Congresso, dificultando a aprovação de propostas de aumento de impostos.
A MP deve incluir:
- Mudança na tributação de instituições financeiras
- Aumento da taxação de apostas online
- Cobrança de 5% de Imposto de Renda sobre títulos isentos
O governo justifica essas medidas como importantes correções tributárias para atingir a meta de zerar o déficit primário. A ministra Gleisi Hoffmann defende a cobrança de 5% como uma questão de justiça fiscal.
Apesar das críticas, o governo pretende persistir na MP, buscando mobilizar a opinião pública e convencer os parlamentares durante os 120 dias de tramitação.
No entanto, a pressão por cortes de gastos tende a aumentar no Legislativo.