União Brasil e PP lançam federação e formam maior força política para 2026
Federação entre União Brasil e PP se torna nova potência política, reunindo a maior bancada do Congresso e acesso privilegiado ao fundo eleitoral. Líderes da aliança devem definir estratégias e posicionamentos para as eleições de 2026.
União Brasil e Progressistas (PP) oficializaram a criação da federação partidária chamada União Progressista, a maior força institucional do país.
A federação, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos próximos meses, terá validade a partir das eleições de 2026. Ela reunirá:
- 109 deputados federais
- 14 senadores
- Quase 1,4 mil prefeitos
- 6 governadores
Com esses números, a nova aliança terá acesso à maior fatia do fundo eleitoral e do fundo partidário entre os 29 partidos registrados no TSE, totalizando cerca de R$ 953,8 milhões e R$ 197,6 milhões, respectivamente.
A presidência será compartilhada inicialmente entre Ciro Nogueira (PP) e Antonio de Rueda (União Brasil), com eleição de um presidente único a partir de dezembro. O estatuto da aliança será desenvolvido e aprovado em convenções internas para registro no TSE.
O evento de lançamento, no Salão Nobre da Câmara, contou com a presença de importantes lideranças, incluindo os presidentes das duas casas do Congresso. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, reafirmou sua pré-candidatura à Presidência em 2026.
A União Progressista destacou em manifesto seu compromisso com a responsabilidade fiscal e sociais, defendendo um "choque de prosperidade" para impulsionar a economia.
Dirigentes reconhecem que a federação precisará decidir sobre sua posição em relação ao governo Lula (PT) e apoio a uma candidatura em 2026.
A nova federação representa um passo inédito na articulação da centro-direita, formando a maior bancada legislativa e assumindo um papel estratégico na alocação de recursos. A composição é pragmática, unindo o PP, chave do bolsonarismo institucional, e o União Brasil, que abriga tanto o centro quanto a direita tradicional.
O sucesso da União Progressista dependerá da habilidade de seus líderes em harmonizar interesses regionais e evitar disputas internas, especialmente em estados onde as siglas concorrem. A construção do estatuto e a definição de uma governança estável serão cruciais.