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Unesp lidera projeto de R$ 5 mi para desenvolver diesel verde

Projeto da Unesp busca desenvolver diesel verde a partir de biomassa, com investimento de R$ 5 milhões em cinco anos. Iniciativa visa atender à demanda internacional e promover um combustível mais limpo e eficiente no Brasil.

Ambientalistas e autoridades climáticas destacam a necessidade urgente de reduzir emissões de gases de efeito estufa. Nesse cenário, o IQ da Unesp em Araraquara lança o projeto “Materiais Aplicados na Transformação de Biomassa em Diesel Verde”.

A iniciativa, liderada pela professora Sandra Helena Pulcinelli e aprovada pela Fapesp, terá um investimento de cerca de R$ 5 milhões nos próximos 5 anos para desenvolver o diesel verde, ou HVO (Hydrotreated Vegetable Oil).

Produzido a partir de matérias-primas renováveis como óleo de cozinha usado, o HVO promete menor emissão de poluentes e maior eficiência na queima. “Ele pode ser utilizado puro ou misturado com diesel convencional”, diz Sandra.

A ideia surgiu após visita da embaixadora da Suécia ao IQ, onde detectou o interesse em importar HVO do Brasil. Desta forma, uma equipe multidisciplinar se formou para cobrir todas as etapas do desenvolvimento do combustível.

O projeto está dividido em quatro etapas:

  • 1ª fase: Identificação das fontes de biomassa com potencial sustentável.
  • Desenvolvimento de catalisadores com componentes acessíveis como níquel e cobalto.
  • Produção em escala piloto usando dois reatores de alta pressão.
  • Testes de desempenho e emissão no ITA.

A pesquisa busca garantir que o HVO atenda aos critérios da ANP, assegurando qualidade e eficiência. Além disso, almeja diminuir custos de pós-tratamento em motores a diesel.

O projeto também foca na formação de recursos humanos, com bolsas para alunos e a criação de uma plataforma nacional de pesquisa em HVO. Isso incluirá recursos técnicos e metodologias compartilhadas para futuras pesquisas.

Com potencial para influenciar a política energética do Brasil, o projeto de Sandra visa embasar regulamentações para um combustível mais limpo e viável economicamente. “É possível produzir um combustível limpo e eficiente”, conclui.

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