Ultraortodoxos pressionam Netanyahu, e oposição quer dissolução do Parlamento de Israel
Coalizão de Netanyahu enfrenta crise política, com crescente pressão para dissolver o Parlamento. O partido ultraortodoxo United Torah Judaism ameaça deixar o governo se não for aprovada isenção do serviço militar.
Membro da coalizão de direita de Israel ameaça deixar o governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu e apoiar a dissolução do Parlamento, cuja votação está marcada para próximo semana, proposta pela oposição.
A proposta requer voto de 61 dos 120 membros do Knesset. Se aprovada, resultará em eleições antecipadas.
Pesquisas sugerem que a coalizão de Netanyahu perderia se as eleições fossem hoje, refletindo a insatisfação com sua gestão do conflito com o Hamas desde outubro de 2023. Netanyahu é o primeiro-ministro mais longevo de Israel, com 17 anos no cargo.
O United Torah Judaism, partido ultraortodoxo da coalizão, vote pela dissolução se não houver aprovação de isenção do serviço militar para os ultraortodoxos. O partido de oposição Yesh Atid, liderado por Yair Lapid, propôs uma votação para derrubar o governo.
Netanyahu ainda não se manifestou sobre a crise. No ano passado, o Supremo Tribunal de Israel decidiu que estudantes ultraortodoxos devem se alistar no Exército, ao contrário da isenção anterior.
Negociações continuam entre Netanyahu e aliados, restando uma semana até a votação. A coalizão, composta por partidos de direita e ultraortodoxos, mantém a maioria no Parlamento, mas está dividida sobre a questão da isenção militar.
O parlamentar Ohad Tal criticou a postura do líder do United Torah Judaism, Yitzhak Goldknopf. O ex-deputado Ofer Shelah acredita que Netanyahu está apostando em um blefe da coalizão.
Aumentam as tensões devido à guerra contra o Hamas e conflitos intensos com o Hezbollah na fronteira com o Líbano. Se Netanyahu permanecer no cargo, novas eleições só devem ocorrer em 2026.
Bibi enfrenta críticas por suas ações durante o conflito e por não garantir a libertação dos israelenses mantidos em Gaza.