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Ultradireita quer copiar modelo de deportações do governo Trump na Espanha

A proposta do Vox de expulsar milhões de imigrantes enfrenta barreiras legais e constitucionais na Espanha, semelhantes à resistência encontrada nos EUA. Especialistas alertam para o risco de normalização de medidas extremistas que ameaçam a convivência plural e a democracia.

Vox propõe expulsão de até 8 milhões

A retórica racista do partido Vox, com termos como "invasão migratória", pode levar à expulsão de milhões, incluindo cidadãos espanhóis.

A ideia se inspira em ações de Donald Trump, que tentava restringir cidadania, mas foi barrado por tribunal dos EUA. No dia 23, o Tribunal de Apelações do 9° distrito manteve o bloqueio à ordem de Trump, que violava a 14ª Emenda.

Especialistas afirmam que, para o Vox implementar sua proposta, seria necessária uma mudança constitucional na Espanha, além de alterações legais e em tratados internacionais, uma vez que expulsões sumárias são ilegais.

A imigração é vital para a economia espanhola. Dados mostram que 13,7% dos contribuintes à Previdência Social são estrangeiros e 41% dos novos empregos foram ocupados por imigrantes no último ano.

Grupos extremistas exploram a imigração para incitar violência. Recentes distúrbios em Torre Pacheco ocorreram após proposta do Vox de deportação e envolvem ataques a imigrantes, intensificados por grupos na internet.

Embora a percepção associando imigração à criminalidade esteja presente, dados mostram queda de 2,8% nas infrações penais na Espanha e que a criminalidade não aumenta com a imigração.

Pesquisa revela nuances nas atitudes dos espanhóis em relação à imigração; enquanto muitos pedem controle, a Espanha é vista como um dos países europeus com a percepção mais positiva sobre o tema, exceto entre eleitores da ultradireita.

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