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UE propõe quintuplicar gastos com defesa em proposta de orçamento

Proposta de orçamento da Comissão Europeia enfrenta críticas por falta de recursos essenciais e mudanças na distribuição de fundos. Novas prioridades, como defesa e controle migratório, recebem ênfase, mas crescimento do orçamento gera preocupação entre países membros.

Comissão Europeia apresentou proposta de orçamento plurianual na quarta-feira (16), envolvendo € 2 trilhões (R$ 10,4 trilhões) entre 2028 e 2034. O valor real orçamentário é estimado em € 1,816 trilhão (R$ 9,26 trilhões).

A proposta corresponde a 1,15% a 1,26% do PIB europeu, superior à fatia atual de 1,1%. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão, afirma que o orçamento é maior, inteligente e preciso.

Líderes do Parlamento Europeu criticaram a proposta, alegando que não há fundos suficientes para prioridades como competitividade, agricultura e adaptação climática. Isso gerou protestos de agricultores em frente à sede da UE.

A proposta inclui € 131 bilhões (R$ 836,8 bilhões) para defesa e € 100 bilhões (R$ 637,4 bilhões) em ajuda à Ucrânia. Desde o início da guerra, a UE já investiu € 140 bilhões (R$ 894,4 bilhões) no país.

Para controle imigratório, serão destinados € 31 bilhões (R$ 195,8 bilhões), três vezes o orçamento atual. A Comissão mira uma reforma abrangente nos fundos de recuperação da pandemia.

A proposta deve passar por discussão de dois anos no Parlamento Europeu e requer aprovação de todos os países-membros.

As contribuições nacionais não aumentarão; serão propostos três novos impostos: sobre lixo eletrônico, tabaco e empresas. Com isso, estima-se arrecadação de até € 90 bilhões (R$ 572,9 bilhões) anuais.

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