UE avalia restrições de exportação aos EUA se negociações comerciais não avançarem
UE considera restrições de exportação como retaliação a tarifas dos EUA, caso negociações não entrem em acordo. A estratégia visa pressionar Washington e indexar produtos críticos, intensificando a guerra comercial em curso.
A União Europeia está elaborando uma proposta para introduzir restrições em algumas exportações para os EUA como retaliação a novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.
Essas restrições seriam aplicadas somente se as negociações não resultarem satisfatórias. Os EUA impuseram tarifas sobre cerca de € 380 bilhões (US$ 432 bilhões) em produtos da UE.
A retaliação marcaria uma escalada na disputa comercial e poderia provocar uma resposta firme de Washington. Trump já ameaçou tarifas de 50% sobre metais canadenses.
A UE está considerando diversas opções, incluindo:
- Restrições de exportação
- Novas listas de tarifas
- Limitações em contratações públicas para empresas americanas
Um porta-voz da Comissão Europeia não comentou o assunto, e as fontes mantêm sigilo sobre quais setores seriam afetados.
Até o momento, houve pouco progresso nas conversas entre a UE e os EUA, embora Trump esteja "muito confiante" em um acordo. Funcionários europeus esperam auxílio da primeira-ministra italiana para obter um mandato de negociação mais claro.
Recentemente, a UE adiou por 90 dias a implementação de tarifas contra os EUA, após Trump reduzir sua tarifa sobre exportações da UE.
Trump justificou suas ações tarifárias como uma forma de reativar a manufatura nos EUA e aumentar receitas. O chefe de comércio da UE, Maros Sefcovic, se reuniu com autoridades americanas, mas saiu sem clarezas sobre os objetivos dos EUA.
A UE está elaborando mais contramedidas caso não haja acordo em 90 dias, podendo inclusive direcionar receitas de publicidade digital de empresas de tecnologia dos EUA.
Novas escaladas além das tarifas existentes podem exigir decisões políticas das capitais da UE.