Ucranianos vão às ruas e Zelenski tem primeiro desafio interno desde começo da guerra

Ativistas ucranianos convocaram protestos em 23 de agosto contra uma nova lei que, segundo eles, compromete os órgãos anticorrupção do país. Isso ocorreu após uma grande manifestação contra o governo em 22 de agosto, a primeira em mais de três anos de guerra.

A legislação gerou críticas da União Europeia e de grupos de direitos humanos. O presidente Volodmir Zelenski convocou líderes das agências de combate à corrupção para uma reunião, enfatizando a necessidade de um combate mais efetivo à corrupção.

Zelenski destacou: “Casos na Justiça não devem se arrastar por anos” e prometeu um plano de ação em duas semanas a fim de abordar fraquezas institucionais e melhorar a eficácia.

As manifestações começaram em resposta à aprovação da lei, que aumenta a supervisão governamental sobre agências anticorrupção e, segundo críticos, pode enfraquecer sua independência.

A comissária da UE, Marta Kos, considerou a votação um “sério retrocesso”. A filial ucraniana da Transparência Internacional disse que essa mudança compromete reformas essenciais desde 2014.

Zelenski defende a nova lei como um meio de combater a influência russa no setor anticorrupção, embora não tenha dado exemplos da alegação. A Rússia negou qualquer interferência na agência de combate à corrupção.

Além disso, a Ucrânia enviou uma delegação a Istambul para negociações de paz com a Rússia, com uma nova rodada programada para a tarde de 23 de agosto, mas com poucas expectativas de avanços.

O Kremlin confirmado a participação e enfatizou a complexidade das negociações. O porta-voz Dmitri Peskov revelou que as discussões vão focar nas visões de cada país para alcançar a paz.

A delegação russa é liderada por Vladimir Medinski, enquanto a ucraniana está sob comando de Rustem Umerov.