UBS enfrenta exigência de capital de US$ 26 bilhões com reformas bancárias na Suíça
O UBS Group AG deve enfrentar um aumento significativo das exigências de capital sob novas reformas bancárias na Suíça. As propostas, que geram preocupação entre os executivos do banco, visam fortalecer a resiliência do grupo em situações de crise.
UBS Group AG enfrenta até US$ 26 bilhões em novas exigências de capital devido a reformas bancárias do governo suíço, após meses de incerteza.
A principal proposta exige que o UBS aumente o capital mantido na Suíça de 60% para 100% em relação às suas participações em unidades estrangeiras, podendo forçar o banco a adicionar até US$ 23 bilhões à sua unidade com sede na Suíça.
O governo também prevê uma redução de cerca de US$ 8 bilhões no uso de dívida conversível como capital. As ações do UBS subiram 4,17%, a 27,98 francos suíços, na Bolsa de Zurique.
As propostas são consideradas uma derrota para o presidente Colm Kelleher e o CEO Sergio Ermotti, que argumentaram que as reformas colocariam o UBS em desvantagem e afetariam os pagamentos a investidores.
O governo aponta que a medida tornará o UBS mais resiliente em crises e que mitigará impactos nas distribuições e crescimento orgânico.
A proposta também implica novas regras sobre a qualidade do capital, atualizando como os bancos devem quantificar itens intangíveis, o que pode gerar um aumento de US$ 3 bilhões. Essas mudanças podem ser implementadas já em meados do ano que vem.
O governo finalizará o projeto para debate no Parlamento em 2027, com aplicação gradual entre 6 a 8 anos, possibilitando que o banco cumpra as exigências até 2035.