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Ubá: o que está por trás da 'capital das plásticas', que oferece cirurgias a preços imbatíveis

Cirurgias plásticas acessíveis atraem pacientes a Ubá, mas relatos de complicações e insatisfação revelam riscos. Médicos com múltiplos processos judiciais levantam questionamentos sobre a segurança e qualidade dos procedimentos realizados na cidade.

Dulcineia Luz, 47 anos, viajou de Rondonópolis (MT) para Ubá (MG) em busca de cirurgia plástica, atraída por vídeos no TikTok e pelos preços acessíveis.

A cidade, conhecida como "capital das plásticas", oferece procedimentos como a cirurgia "x-tudo" por R$ 18 mil, muito abaixo do preço nas capitais.

  • Mastoplastia: menos de R$ 11 mil
  • Abdominoplastia: menos de R$ 9 mil

O custo acessível atrai pacientes de todo o Brasil, mas muitas enfrentam complicações e insatisfações com os resultados.

Seis cirurgiões plásticos operam na cidade, incluindo Maurino Grossi e Júlio Cesar Ferreira, ambos com mais de 30 processos judiciais por erros médicos.

A economia local se beneficia com o fluxo de pacientes, impulsionado por financiamentos específicos para cirurgias estéticas. Lucilene Queiroz, responsável pelo Pag Crédito Ubá, afirma receber grande demanda.

As casas de cuidados para pós-operatório, como a Casa das Irmãs Condé, também prosperam. Ana Paula Condé destaca o crescimento impulsionado pelas redes sociais.

Apesar de muitos relatos positivos, houve casos de pacientes insatisfeitas, como Gelva e Rosi, que enfrentaram sérias complicações após suas cirurgias.

O especialista Marcelo Sampaio alerta sobre a importância de pesquisa e credenciais dos profissionais antes de optar por cirurgias. Ele recomenda verificar a estrutura onde os procedimentos são realizados.

O CFM enfatiza que preços baixos podem comprometer as condições de segurança e a saúde dos pacientes.

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