Trump volta a pressionar por corte de juros, mas parece titubear. E o que o Brasil tem a ver com isso?
Trump intensifica pressão sobre o Federal Reserve para reduzir as taxas de juros, mesmo reconhecendo que os juros altos atraem investimentos ao país. A dinâmica pode afetar também o Brasil, aumentando o risco de impactos econômicos e inflacionários no mercado local.
Trump pressiona o Fed:
Na manhã de sexta-feira (1º), o presidente dos EUA, Donald Trump, usou o Truth Social para pedir a redução das taxas de juros, chamando Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, de “atrasado”.
Trump destacou que juros altos estão atraindo investimentos, mas sua interpretação pode indicar uma nova pressão para cortes de juros, algo caracterizado como TACO (Trump Always Chickens Out).
Após o Fed manter as taxas entre 4,25% e 4,5%, os títulos do Tesouro americano se tornaram mais atraentes, mas essa ascensão de juros não é uma boa notícia. Ela resultou de desavenças no Fed e da possibilidade de interferência política.
Investidores passaram a exigir prêmios maiores para emprestar dinheiro aos EUA, refletindo um risco maior de cortes de juros em momento inoportuno.
Estas incertezas afetam a economia dos EUA, encarecendo a dívida pública, o que contradiz os esforços de Trump.
Impacto no Brasil:
A renda fixa americana, mais atrativa, pode ser negativa para o Brasil, sugando dólares do mercado global e pressionando a política monetária brasileira. Isso pode enfraquecer o real e impactar a inflação.
O cenário elevou a expectativa de que a Selic não pode ser reduzida no primeiro trimestre de 2026, mas ainda há apostas em queda.
Em resumo, o fortalecimento do dólar e os altos juros dos Treasuries podem interromper a rotação de capital global, afetando a economia brasileira.
Investidores aguardam a reação de Trump ao encarecimento da dívida americana, que pode mudar a atratividade da renda fixa nos EUA.