Trump vai ao Oriente Médio pensando em acordos comerciais, não em diplomacia
Trump foca em acordos comerciais com países do Golfo, desviando-se de uma estratégia diplomática clara. Visita à Arábia Saudita, Catar e Emirados promete transações financeiras significativas, mas carece de objetivos políticos definidos.
Trump visita o Oriente Médio visando acordos comerciais
O presidente Donald Trump inicia uma turnê pelo Golfo, focando em acordos comerciais com Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos.
Trump planeja anunciar acordos que totalizam mais de US$ 1 trilhão durante sua viagem de quatro dias. Seu foco está em aviões, energia nuclear, inteligência artificial e armas.
Embora declare querer intermediar um acordo de normalização entre Arábia Saudita e Israel, as relações estão complicadas pela guerra em Gaza. A visita a Israel não faz parte do itinerário e não haverá reunião com Vladimir Putin.
A viagem, segundo especialistas, é mais um esforço econômico do que uma estratégia de política externa. Dennis B. Ross afirma que Trump prioriza a economia em suas visitas ao Oriente Médio, promovendo transações como geradoras de empregos.
Trump e sua família têm laços financeiros com os países do Golfo, incluindo acordos com empresas sauditas e investimentos em sua marca de golfe. O negócio mais impactante pode ser a doação de um luxuoso Boeing 747-8, potencialmente o maior presente estrangeiro recebido pelos EUA.
A relação entre Trump e o príncipe Mohammed bin Salman da Arábia Saudita permanece próxima, especialmente após o apoio de Trump após o assassinato de Jamal Khashoggi.
A agenda de Trump se alinha com um aumento nos investimentos do Golfo nos EUA, enquanto práticas de direitos humanos não são discutidas, algo que agrada aos líderes autoritários da região.