Trump tenta desmontar legado de Roosevelt em 100 dias, mas esbarra em baixa popularidade e tribunais
Trump marca seus primeiros 100 dias de presidência com um número recorde de decretos, mas enfrenta resistência judicial e queda na aprovação popular. Comparações com FDR revelam um rompimento nas tradições da política americana e desafios significativos para sua agenda.
Donald Trump completa hoje 100 dias como presidente dos EUA, tendo um início avassalador semelhante ao de Franklin Delano Roosevelt em 1933.
Enquanto Roosevelt combateu a Grande Depressão com regulamentações, Trump busca desmontar esse legado, com mais de 140 decretos assinados desde janeiro.
Esses decretos se concentram em comércio exterior, imigração, redução da máquina pública e combate à “ideologia woke”.
Historiadores afirmam que o segundo mandato de Trump rompe com tradições americanas e pode ser considerado revolucionário.
As ações judiciais contestando a legalidade dos decretos de Trump também foram destacadas, incluindo o bloqueio de algumas medidas pela corte. As críticas ao Judiciário resultaram em uma reprimenda da Suprema Corte.
Com uma maioria reduzida no Congresso, Trump aprovou poucas leis, sendo a principal o Ato Laken-Riley, que permite a prisão de imigrantes ilegais.
Na economia, tarifas foram impostos contra grandes parceiros comerciais, gerando preocupações sobre a inflação, que já está em 2,4%.
A política migratória agressiva resultou em uma significativa redução nas travessias de imigrantes e deportações, mas preocupa especialistas quanto à atração de profissionais qualificados para os EUA.
Elon Musk lidera o setor de cortes de gastos do governo, com promessas de economizar até US$ 1 trilhão.
Após 100 dias, Trump apresenta a pior avaliação de um presidente moderno, com 39% de aprovação e 55% de reprovação.
Historiadores observam que as políticas de Roosevelt tiveram um impacto duradouro, ao contrário das ordens executivas de Trump, que podem não resistir ao tempo.