Trump tem medo do Pix
A turbulência econômica dos primeiros meses do segundo mandato de Trump levanta questões sobre a força do dólar como moeda de reserva global. Medidas contra o Pix refletem o temor do presidente em perder o controle sobre o sistema financeiro internacional.
O segundo mandato de Trump começa com desafios significativos, sendo caracterizado por uma fragilidade econômica - PIB em retração, volatilidade no mercado e aumento da desemprego.
As políticas do presidente, como tarifas e o aumento da dívida pública, geraram pressão sobre o dólar, minando a confiança global na moeda. Atualmente, a moeda americana ainda representa mais da metade das reservas globais, mas alternativas como o euro e o yuan estão se aproximando.
Apesar de um novo "hegemon" ser considerado distante, o status do dólar está fragilizado. Trump teme que soluções como o Pix inspirem outros países, especialmente no núcleo Brics, a desenvolver alternativas que reduzam a centralidade do dólar.
Exemplo prático: um brasileiro nos EUA pode enviar US$ 200 ao Brasil usando uma stable coin, com um processo rápido e tarifas significativamente mais baixas que os métodos tradicionais.
Assim, Trump não teme o Pix em si, mas o que ele representa: um mundo onde o dólar perde seu domínio e o sistema financeiro ocidental é desafiado - através de vias técnicas, não ideológicas.