Trump se irrita com 'TACO trade', movimento nos mercados financeiros que ganha quando ele 'amarela'. Entenda
Trump defende sua estratégia de tarifas como uma forma eficaz de negociação, apesar das críticas. Mercado financeiro já ignora suas ameaças, com investidores apostando em recuperações rápidas após recuos do presidente.
Donald Trump expressou irritação sobre a interpretação de que investidores de Wall Street apostam que ele não cumprirá suas ameaças extremas de tarifas. Isso se deve a recuos frequentes, como a recente suspensão de tarifas de 50% sobre produtos europeus, após esbravejar contra a União Europeia.
Analistas acreditam que suas ida e volta fazem parte de uma estratégia para concessões comerciais. Trump defendeu sua abordagem como uma negociação consciente, posicionando-se inicialmente com “números ridiculamente altos”.
Durante um evento no Salão Oval, questionado sobre o termo TACO trade (Trump Always Chickens Out), o presidente comentou que investidores compram ações após suas ameaças, apostando em sua eventual desistência.
Recentemente, o mercado caiu após ameaças de tarifas, mas se recuperou com o adiamento das medidas. Exemplos de recuos incluem:
- Redução de tarifas sobre importações chinesas de 145% para 30% devido a riscos econômicos.
- Após impor tarifas de 50%, Trump pediu que investidores “FIQUEM TRANQUILOS!”, reduzindo encargos para 10% em 90 dias.
- Cedendo ao lobby automotivo, flexibilizou tarifas sobre veículos.
- Exclusão de celulares e eletrônicos de tarifas, justificando investigação sobre semicondutores.
O mercado acionário “ignora” crescentemente as ameaças tarifárias, com a sensibilidade do S&P 500 em relação a tarifas reduzida para 33%. Apesar disso, o índice subiu 4% desde os anúncios tarifários de abril.
Trump defendeu sua tática, afirmando que ela gera resultados rápidos. No entanto, analistas alertam que sua eficácia pode diminuir com os frequentes recuos.
Respondendo à crítica, Trump afirmou que as negociações ocorrem devido a suas tarifas e lamentou ser rotulado como alguém que “amarela” diante dos acordos.