Trump repete medida de seu primeiro mandato e tira EUA de novo da Unesco
Trump retoma decisão de retirada dos EUA da Unesco, afirmando que a agência não representa os interesses americanos. A saída ocorrerá em 31 de dezembro de 2026, após críticas à agenda cultural da Organização.
Donald Trump retirou os Estados Unidos da Unesco, agência da ONU para cultura e educação, nesta terça-feira (22). A saída, que entra em vigor em 31 de dezembro de 2026, repete a medida de seu primeiro mandato.
A porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, afirmou que a decisão está alinhada com políticas conservadoras, considerando a Unesco como apoiadora de causas woke e divisivas.
O Departamento de Estado declarou que continuar na Unesco não era do interesse nacional, acusando a agência de ter uma agenda globalista.
A chefe da Unesco, Audrey Azoulay, lamentou a decisão e ressaltou que a agência diversificou suas fontes de financiamento, reduzindo a dependência de fundos americanos para 8% do orçamento.
Israel elogiou a retirada, citando demissões da Palestina como um dos motivos, semelhante à saída anterior em 2019. Funcionários da Unesco destacaram que as críticas dos EUA não refletem a realidade atual da Organização.
O sentimento entre diplomatas é de que a saída era inevitável, especialmente depois que o presidente Joe Biden reverteu a decisão anterior de Trump e prometeu pagamentos atrasados.
A Unesco, fundada em 1945, é conhecida por designar Patrimônios Mundiais e promover temas como liberdade de imprensa, educação sexual e igualdade de gênero.
Antes de Trump, os EUA saíram sob o governo de Ronald Reagan nos anos 80, retornando em 2003 sob George W. Bush, que afirmou terem ocorrido reformas na agência.