Trump recusa oferta da UE e sugere compra de energia que o bloco não precisa

Trump rejeita oferta da UE para zerar tarifas

Em resposta à proposta da União Europeia (UE) de eliminar tarifas entre os blocos, o presidente Donald Trump afirmou que isso não seria suficiente para suspender sua ofensiva. Em vez disso, sugeriu que a UE comprasse mais energia americana para reduzir um déficit de US$ 350 bilhões.

A declaração de Trump ocorreu durante uma entrevista no Salão Oval. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, havia apresentado a oferta cedo, enquanto ministros europeus discutiam retaliações em Luxemburgo.

Os produtos que receberão um imposto de 25% incluem soja, arroz, suco de laranja e veículos, excluindo uísque bourbon e alguns laticínios, a pedido de países como França e Itália.

A retaliação inicialmente estimada em US$ 28 bilhões foi reduzida para US$ 22,1 bilhões. A votação do pacote ocorrerá na quarta-feira, dia 9, mas as discussões sobre as medidas ainda estão em andamento.

Trump afirmou que o déficit poderia ser eliminado rapidamente com o aumento nas compras de energia. Entretanto, a demanda por energia fóssil na UE caiu 15% desde 2022 devido à guerra na Ucrânia. Além disso, a Noruega, maior fornecedora de gás, não será prejudicada nas negociações com os EUA.

Na terça-feira, Von der Leyen conversou com o primeiro-ministro da China, Li Qyang, pedindo uma solução negociada com os EUA, enquanto a China se preparava para retaliar.

Trump também exigiu que a UE relaxasse as regras de segurança automobilística, classificando-as como uma "tarifa não monetária". Especialistas consideram essa argumentação como enviesada.