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Trump reconhece que guerra tarifária pode causar falta de produtos e aumento de preços nos EUA

Trump discute impacto da guerra tarifária em reunião de gabinete após queda no PIB. Presidente busca desviar a responsabilidade pelo recuo econômico e pede paciência aos americanos.

Donald Trumpreunião de gabinete nesta quarta-feira, após a divulgação do recuo de 0,3% no Produto Interno Bruto (PIB) do país no primeiro trimestre deste ano.

Durante o encontro, Trump tentou se distanciar da queda do mercado, mas reconheceu que sua guerra tarifária pode resultar em falta de produtos e aumento de preços para os americanos.

Em declarações, Trump lembrou que os mercados valorizaram após sua eleição em novembro, porém, afirmou não querer “crédito ou descrédito” pela reação do mercado financeiro. Ele declarou: “Só estou dizendo que herdamos uma bagunça”.

Mais cedo, ele publicou em sua rede social uma mensagem culpando seu antecessor, Joe Biden, pela contração do PIB e pediu “paciência” à população americana.

Trump disse que "vamos nos dar um desconto no primeiro mês", sugerindo que estava se acostumando com a nova situação. Economistas, no entanto, apontam que a antecipação das tarifas explica a queda no PIB e geram preocupações.

O presidente não confirmou se conversou com o presidente chinês Xi Jinping, mas mencionou que a China está enfrentando “uma grande dificuldade” devido à guerra tarifária.

Ele reconheceu a possível redução na oferta e o aumento de preços para os americanos, citando que as prateleiras nos EUA podem estar vazias. “Talvez as crianças tenham duas bonecas ao invés de 30 bonecas”, afirmou Trump.

A reunião já estava agendada antes da divulgação do primeiro dado macroeconômico negativo de seu mandato.

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