Trump recebe Bukele na Casa Branca e ouve que El Salvador quer ajudar os EUA com imigração: ‘Agradecemos por isso’
Durante a reunião, Bukele se comprometeu a colaborar com a administração Trump na questão da imigração, destacando a necessidade de ações contra gangues. O presidente salvadorenho também comentou sobre o caso de um imigrante deportado erroneamente e as tensões relacionadas às prisões de imigrantes nos EUA.
Nayib Bukele, presidente de El Salvador, se reuniu com Donald Trump na Casa Branca nesta segunda-feira (14). Bukele afirmou estar disposto a ajudar os EUA com a questão da imigração.
A reunião começou com um aperto de mãos e terminou com um sinal positivo de Bukele. Trump, ao lado de sua equipe, expressou gratidão pelo apoio de Bukele: “Estão nos ajudando. Agradecemos por isso”.
Durante o encontro, Bukele criticou a situação de 350 milhões de americanos supostamente afetados por criminosos, afirmando que é necessário prender alguns. Trump concordou com essa análise.
Os dois líderes discutiram o caso de Kilmar Ábrego García, um imigrante salvadorenho deportado “por engano”. Bukele declarou: “Não tenho o poder de enviá-lo de volta aos Estados Unidos”, em resposta a questionamentos da imprensa.
O governo salvadorenho já enviou centenas de imigrantes irregulares, especialmente venezuelanos, para uma prisão de segurança máxima, utilizando a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798. A administração Trump os acusa de pertencer a gangues, com o governo americano pagando seis milhões de dólares a El Salvador pelo primeiro grupo enviado.
Trump indicou que pretende enviar mais imigrantes para a prisão e não descarta a ideia de expulsar cidadãos americanos, afirmando que isso poderia ser mais econômico e garantir segurança.
O encontro ocorreu em um momento crítico, com os EUA implementando tarifas que afetam El Salvador, cujas exportações dependem fortemente desse mercado. O país, considerado ultrasseguro pelo Departamento de Estado, teve sua classificação melhorada para o nível 1. Os 2,5 milhões de salvadorenhos nos EUA representam 23% do PIB de El Salvador em 2024.
*Com informações da AFP
Publicada por Nátaly Tenório