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Trump quer reerguer indústria naval, mas navios dos EUA custam até 5 vezes mais que da Ásia

Trump e Congresso buscam revitalizar a indústria naval dos EUA para fortalecer a competitividade frente à China, mas desafios estruturais e financeiros podem comprometer o sucesso da iniciativa. Especialistas alertam que a construção de navios americanos é significativamente mais cara e lenta do que na Ásia, exigindo investimentos robustos e políticas eficazes.

Trump e Congresso buscam revitalizar a indústria naval americana

O presidente Donald Trump, junto a membros do Congresso, planeja reerguer a debilitada indústria naval dos EUA para competir com a primazia da China na fabricação de navios.

A iniciativa enfrenta ceticismo, mas otimistas acreditam que poderia ter sucesso, contanto que bilhões de dólares sejam investidos a longo prazo.

Um foco importante é o estaleiro em Filadélfia, adquirido pelo conglomerado Hanwha. O CEO da Hanwha, David Kim, enfatiza que políticas públicas e um fluxo contínuo de encomendas são essenciais.

Em abril, Trump assinou uma ordem executiva para revitalizar a indústria, destacando que precisam reagir com urgência. Novas regras foram implementadas para punir navios chineses e exigir que embarcações comerciais sejam produzidas nos EUA.

O Congresso também apoia subsídios robustos à indústria, mas obstáculos incluem:

  • Estaleiros saturados, sem capacidade para novas encomendas até 2027.
  • Custo de construção nos EUA é quase cinco vezes maior do que na Ásia.
  • Poucos navios americanos são construídos; apenas 37 nos últimos 10 anos.

O antigo dono do estaleiro fez um contrato para três navios na faixa de US$ 330 milhões cada, em comparação com US$ 70 milhões se produzidos na Ásia.

Um projeto no Congresso propõe uma "frota comercial estratégica" de 250 navios americanos. Critérios geram controvérsia, com alguns defendendo a compra de navios de aliados experientes como Japão e Coreia do Sul.

O plano inclui construção de navios-tanque de gás natural liquefeito, mas a escassez de mão de obra qualificada é um desafio. A Hanwha pretende dobrar sua força de trabalho de 1.500 funcionários em menos de dez anos.

O governo defende políticas de capacitação para marinheiros e subsídios para tripulações nacionais, que são mais caras.

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