Trump quer R$ 140 bi para lançar sistema antimíssil Domo Dourado
Trump apresenta o Domo Dourado como uma solução de defesa contra mísseis, mas enfrenta críticas por seu custo exorbitante e questionamentos sobre sua viabilidade. O projeto, cercado de controvérsias, envolve o potencial alinhamento de Elon Musk e gera preocupações na comunidade internacional.
Donald Trump anunciou na terça-feira (20) detalhes sobre o sistema de defesa contra mísseis Domo Dourado, que custará aproximadamente R$ 1 trilhão se aprovado e deve estar em funcionamento em janeiro de 2029.
O presidente afirmou que o próximo orçamento de defesa incluirá US$ 25 bilhões (R$ 141 bilhões) para o programa, que ainda precisa ser aprovado pelo Congresso. Este valor é muito superior ao orçamento militar anual brasileiro.
A oposição democrata questiona a participação de Elon Musk no projeto, que poderia ser contratado através da sua empresa SpaceX. Musk, que apoiou Trump com quase US$ 300 bilhões, é visto como influente nas políticas públicas.
Um estudo do Congresso indicou que o Domo Dourado custaria US$ 500 bilhões (R$ 2,8 trilhões) em 20 anos, tornando a promessa de Trump de torná-lo operacional em quatro anos uma incerteza.
Trump classificou o Domo Dourado como um sistema superior a outros existentes, embora não tenha detalhado o programa. O atual sistema americano conta com apenas 44 interceptadores, sendo amplamente considerado ineficaz.
A preocupação de Trump é válida devido à tecnologia hipersônica, mas analistas são céticos quanto à eficácia do sistema. Embora afirmasse que o Canadá demonstrou interesse na defesa, especialistas alertam que a iniciativa incomoda tanto Rússia quanto China.
A Rússia criticou o projeto como uma militarização do espaço e expressou preocupações sobre a instalação de satélites interceptadores. Trump confirmou que o Domo Dourado incluirá essas capacidades, embora o Tratado do Espaço Exterior de 1967 não proíba tal ação.