Trump quer bancar EUA com tarifas em vez de imposto sobre renda, mas plano tem falhas
Trump propõe revisão do sistema tributário dos EUA com foco em tarifas de importação. Economistas alertam sobre as consequências econômicas e a insuficiência das tarifas para cobrir cortes de impostos.
Contexto: No início do século 20, os EUA financiavam grande parte do governo por meio de tarifas sobre importações. Donald Trump propõe resgatar esse modelo, criando um "Serviço de Receita Externa".
Trump sugere que tarifas poderiam eliminar os impostos sobre renda para quem ganha menos de US$ 200 mil por ano, afirmando que isso seria uma "BONANÇA".
Pontos críticos:
- Economistas alertam sobre as distorções que as tarifas podem causar no comércio.
- A maioria da carga tarifária nos EUA é suportada por empresas e consumidores locais.
- Em 2020, as tarifas do primeiro mandato de Trump resultaram em redução nas margens de lucro das empresas americanas e aumento de preços para os consumidores.
Dados tarifários:
- Em 2022, arrecadação de tarifas foi US$ 100 bilhões de um total de US$ 4,9 trilhões.
- A arrecadação de tarifas subiu em 2024, com US$ 47 bilhões até 13 de maio.
Projeções de arrecadação:
- Peter Navarro estima que as tarifas poderiam gerar US$ 6 trilhões em uma década.
- Estimates mais realistas sugerem US$ 290 bilhões anuais, considerando quedas de demanda e impactos fiscais.
- Reduzir tarifas sobre produtos chineses não altera significativamente a arrecadação.
Mesmo com tarifas, cortar impostos como Trump deseja não é viável. O imposto de renda pessoal deve arrecadar US$ 4,4 trilhões na próxima década, enquanto as tarifas cobrem apenas parte desse valor.
Conclusão: As tarifas de Trump, mesmo que aumentem a arrecadação, não são suficientes para substituir o imposto de renda e podem gerar dependência da produção chinesa.