Trump quer acabar com uso de cheques nos Estados Unidos

Governo Trump busca acabar com a prática antiga e financeira de escrever cheques nos EUA.

Os EUA são líderes em emissão de cheques, com 10 vezes mais que países como Reino Unido e Alemanha, segundo a McKinsey.

Um decreto da Casa Branca, no mês passado, determina que o governo federal não emitirá ou aceitará cheques a partir do final de setembro, onde for legalmente possível.

Motivos inclui:

• Custos elevados de impressão e envio comparados a transferências eletrônicas.
• Maior suscetibilidade a fraudes.
• Menor certeza de entrega ao destinatário.

Joe Fielding, da Bain & Co., afirma: "Estamos em 2025, não deveríamos estar enviando cheques de papel".

Apesar das desvantagens, cheques são ainda populares, com 20% dos pagamentos ao governo feitos por esta forma em 2023.

O sistema bancário fragmentado torna difícil a transição para pagamentos eletrônicos. Existem mais de 4.000 bancos e cooperativas de crédito nos EUA.

Enquanto isso, bancos canadenses adotaram o sistema Interac, enquanto os bancos americanos hesitam devido às taxas altas de cartões.

Pequenas empresas defendem o uso de cheques para evitar taxas de cartão. Dados do Fed de Atlanta mostram que prestadores de serviços recebem cerca de 23% dos pagamentos via cheque.

O uso de cheques está diminuindo, mas ainda mais lentamente que em outros países. Redes como Target já não aceitam cheques, mas Walmart mantém serviço de troca.

Uso de cheques é maior entre pessoas de 65 anos ou mais, com 5,5% de pagamentos via cheque, comparado a 1,5% para menores de 35 anos.

Inércia dos hábitos de pagamento pode dificultar a transição. Kevin Foster do Fed afirma: "Se estão confortáveis, provavelmente querem que continuemos assim".

A era dos cheques pode estar chegando ao fim, mas a completa eliminação ainda é incerta.