Trump polariza protestos na Califórnia para fortalecer sua agenda e imagem de ‘linha-dura’

Washington: O presidente Donald Trump contornou a autoridade do governador da Califórnia, Gavin Newsom, ao convocar a Guarda Nacional para enfrentar protestos em Los Angeles contra sua política de deportação de imigrantes.

Trump, sem solicitação de autoridades locais, declarou os protestos como uma ameaça existencial e enviou uma resposta federal agressiva, resultando em novos protestos na cidade.

Ele afirmou em redes sociais que Los Angeles estava sendo invadida por "multidões violentas" e prometeu ações rigorosas contra qualquer dano à polícia e militares. A invocação da Lei de Insurreição de 1807 gerou dúvidas sobre suas intenções.

A decisão de enviar 2 mil membros da Guarda Nacional é considerada uma violação dos limites do poder presidencial, semelhante a ações de Lyndon B. Johnson em 1965.

Assessores de Trump argumentam que a situação reflete a razão de sua eleição, enquanto os democratas, incluindo Newsom, alegam que as manifestações são fruto das ações do presidente.

Os protestos se espalharam pelo país, e Trump e seus aliados tentaram mudar a narrativa, enfatizando episódios violentos, mesmo que muitos protestos fossem pacíficos.

Newson solicitou a revogação da convocação da Guarda e anunciou uma ação judicial contra a federalização do estado. Ele e outros políticos criticam a gestão de Trump como desinformação e uma tentativa de criar crises.

Os republicanos defendem a ação de Trump, alegando que ele está agindo para proteger a segurança pública. O governo Trump se prepara para intensificar sua resposta, incluindo a prisão de quem obstruir a fiscalização de imigração.

Trump também ameaçou cortar financiamento federal à Califórnia por diversas razões, incluindo a inclusão de atletas transgêneros em esportes femininos.

A Casa Branca alega que as ações de Trump são justificadas, afirmando que cidades administradas por democratas falharam em proteger os americanos.