Trump palpita na eleição do Canadá e ouve um ‘não se meta’ de aliado conservador
Poilievre pede respeito à soberania canadense enquanto as eleições se tornam um reflexo das tensões com Trump. O clima político esquenta com as ameaças do ex-presidente dos EUA, influenciando diretamente as urnas no Canadá.
OTTAWA - O líder do Partido Conservador, Pierre Poilievre, pediu ao presidente dos EUA, Donald Trump, que não interfira nas eleições do Canadá. A votação de 28 de outubro tornou-se um referendo sobre Trump e prejudicou as chances de Poilievre como primeiro-ministro.
Trump ameaçou a soberania canadense, sugerindo sua presença nas cédulas, e publicou em sua rede social: "Elejam o homem que tem a força e a sabedoria para reduzir seus impostos pela metade e aumentar seu poder militar."
Poilievre respondeu: "Presidente Trump, não se meta em nossas eleições. O Canadá sempre será orgulhoso, soberano e independente."
Após a renúncia do ex-primeiro-ministro Justin Trudeau, o Partido Conservador liderava as pesquisas, mas o nacionalismo impulsionado por Trump alterou o rumo das eleições.
Os liberais, que estavam em risco de derrota, passaram a liderar as sondagens, com projeções de conquistar quase 200 cadeiras no Parlamento. Mark Carney, novo líder liberal, busca se posicionar como o candidato para combater a guerra tarifária de Trump.
O Canadá enfrenta uma crise de custo de vida e, com 75% de suas exportações destinadas aos EUA, já começa a sentir os efeitos das tarifas. Eleitores expressam preocupação com as declarações de Trump sobre anexação.
Carney pediu um mandato forte para enfrentar Trump, ressaltando que a crise gerada pela possibilidade de anexação é séria.