Trump mobiliza fuzileiros navais e aumenta a tensão nos protestos de Los Angeles
Fuzileiros navais se juntam à Guarda Nacional em Los Angeles para conter protestos contra deportações. Governador da Califórnia critica a mobilização militar como uma ação antiamericana.
Fuzileiros navais chegam a Los Angeles nesta terça-feira (10) a pedido do presidente Donald Trump, em resposta aos protestos contra as prisões de imigrantes, apesar das objeções estaduais.
Cerca de 700 soldados se juntam a 4.000 da Guarda Nacional, aumentando a militarização em Los Angeles, uma cidade com uma grande comunidade latina. Os protestos, agora em seu quinto dia, são majoritariamente pacíficos, mas enfrentaram confrontos com a polícia.
Esses distúrbios se originaram da intensificação da campanha de deportação de Trump, com ações em locais de trabalho.
No bairro Little Tokyo, manifestantes e policiais antidistúrbios se confrontaram, resultando em uso de gás lacrimogêneo e prisões. Os protestos incluem gritos como “Fora ICE de Los Angeles!” e “Fora Guarda Nacional!”
O governador Gavin Newsom criticou o envio de fuzileiros navais, dizendo que é “antiamericano”. Trump chamou os manifestantes de “agitadores” e afirmou que as tropas evitaram “incêndios” na cidade.
Nos últimos dias, dezenas de manifestantes foram presos, com ações semelhantes em SF e outras cidades.
A mobilização militar é considerada “incrivelmente incomum” para um presidente dos EUA, segundo a professora Rachel VanLandingham. Desde 1965, reservistas da Guarda Nacional não são enviados contra a vontade de um governador.
O envio de tropas regulares é ainda mais raro devido a leis que proíbem o uso militar como força policial. Trump pode invocar a Lei da Insurreição para justificar essa medida.
O Pentágono anunciou o envio de mais 2.000 guardas nacionais, totalizando 4.000 em Los Angeles. O estado da Califórnia está movendo ações judiciais para bloquear o uso das tropas.
*Com informações da AFP | Publicado por Nátaly Tenório