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Trump mira etanol, culpa tarifas de importação, mas parte do problema foi criado pelos EUA. Entenda

A disputa comercial entre Brasil e Estados Unidos sobre tarifas de etanol revela as complexidades do mercado de biocombustíveis. A crescente produção doméstica de etanol de milho no Brasil diminui a atratividade das importações americanas, intensificando a rivalidade entre os dois países.

Governo Trump culpou tarifas do Brasil pela queda no comércio de etanol entre os países, mas a situação é resultado de ações dos EUA.

O Brasil investiu bilhões em uma indústria nacional de etanol de milho, reduzindo sua dependência de importações dos EUA. Essa mudança começou em 2017 com a instalação da primeira usina de etanol de milho, liderada pelo Summit Agricultural Group.

As barreiras tarifárias ao etanol americano agora estão no centro da investigação do governo Trump. Na semana passada, o presidente anunciou a intenção de impor tarifas de 50% em produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

O Brasil deve produzir 10 bilhões de litros de etanol de milho em 2023, sendo a unidade FS uma das principais fornecedoras, com uma produção anual de 2,3 bilhões de litros.

A crescente produção de etanol de milho no Brasil torna as importações menos viáveis, com analistas afirmando que, mesmo sem tarifas, as importações de etanol americano seriam desafiadoras.

O Brasil, como o segundo maior produtor mundial de etanol, impôs tarifas de 18% ao biocombustível importado, após enfrentar uma pressão de preços devido às importações americanas.

Entretanto, o impacto da ameaça de Trump sobre os produtores brasileiros é considerado mínimo, já que apenas 5% do etanol brasileiro é exportado, e o mercado interno é visto como mais relevante.

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