Trump está vencendo sua guerra comercial. O que isso significa para a economia?
Trump redefine o comércio global com tarifas históricas, mas economistas alertam para potenciais impactos negativos. A política tarifária do presidente poderá resultar em preços mais altos para consumidores e desaceleração econômica, mesmo sem provocar recessão imediata.
Estados Unidos mudam ordem comercial global nos últimos seis meses, abandonando práticas de longa data.
Economias como União Europeia e Japão aceitaram tarifas mais altas para evitar guerras comerciais, alinhando-se com as exigências do presidente Trump.
A nova política comercial marca um uso da economia americana como alavanca, impondo tarifas de 15% a 20% em exportações. Produtos essenciais, como aço, terão taxas ainda maiores, principalmente sobre países como China.
Trump afirma que suas ameaças tarifárias funcionam como ferramentas de negociação, e a reação do mercado foi calma, desafiando expectativas de pânico.
Nigel Green, do deVere Group, considerou o acordo com a UE uma “redefinição”. Apesar dos avanços políticos, o sucesso econômico desse experimento tarifário é incerto.
Economistas alertam para preços mais altos para empresas e consumidores, o que pode desacelerar a economia. Montadoras como General Motors e Volkswagen relatam prejuízos superiores a US$ 1 bilhão devido às tarifas.
Diane Swonk, economista-chefe da KPMG, destaca que as tarifas levam tempo para mostrar impacto, podendo demorar de 6 a 18 meses.
Enquanto isso, a possibilidade de recessão no Canadá, influenciada pelas tarifas dos EUA, preocupa analistas, que afirmam que os efeitos econômicos são palpáveis, mas não catastróficos.
Stephen Olson, ex-negociador comercial, criticou o acordo com a UE como protecionista. Ele ressalta que a prioridade da UE são relações comerciais abertas, enquanto Trump adota uma abordagem mercantilista.
As incertezas permanecem, com novos acordos e tarifas sendo discutidos. O impacto na economia dos EUA é relevante, aumentando os custos para consumidores e limitando investimentos.
Economistas também duvidam que os acordos comerciais tenham um impacto real na redução do déficit comercial, questionando a eficácia da atual política tarifária de Trump.