‘Trump está regredindo ao mercantilismo’, diz o economista Eduardo Giannetti
Eduardo Giannetti analisa as repercussões do protecionismo de Trump, alertando para a redução do comércio global e as consequências econômicas profundas. Ele destaca a possível reconfiguração das relações comerciais e o impacto na inflação e nos investimentos.
Eduardo Giannetti, economista e membro da Academia Brasileira de Letras, aponta seis consequências do tarifaço de Donald Trump na economia mundial:
- Redução do comércio internacional: Depende das negociações entre países; uma escalada pode resultar em forte queda nas atividades globais.
- Reconfiguração dos fluxos comerciais: Países como China, México e Canadá buscarão novos mercados; o Brasil pode se beneficiar com a venda de produtos agrícolas.
- Perda de eficiência econômica: O protecionismo gera má alocação de recursos, prejudicando a eficiência microeconômica.
- Inflação: Aumento significativo nos preços, forçando o banco central a considerar aumento de juros.
- Dúvidas sobre dívida americana: Questionamentos sobre os títulos do Tesouro como porto seguro durante crises.
- Recessão: Incertezas geradas pelas medidas protecionistas podem paralisar investimentos e comprometer a confiança no ambiente de negócios.
Risco de recessão global: O cenário econômico é tumultuado com incertezas sobre taxas de juros e câmbio, elevando o risco para empresários.
Motivações por trás das ações de Trump: A insatisfação da classe trabalhadora ocidental e a migração de investimentos para a China estão levando a uma ascensão da extrema direita.
Declínio americano e ascensão chinesa: Os EUA estão em declínio, enquanto a China enfrenta pressões sociais e econômicas.
Impacto no Brasil: O país tem potencial para ocupar espaços deixados por mudanças no comércio global, beneficiando-se em crises externas.
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