Trump está perdendo guerra comercial que ele mesmo começou, diz Nobel de economia
Krugman critica a estratégia tarifária de Trump, destacando que ela não só falha em gerar concessões significativas, mas também fortalece adversários políticos no Brasil. Além disso, ele ressalta que os custos das tarifas são arcados principalmente pelos consumidores americanos.
Paul Krugman, economista e vencedor do Nobel, critica a estratégia de Donald Trump na guerra comercial com o Brasil e outros países.
Segundo Krugman, as tarifas comerciais impostas por Trump não têm resultado em concessões significativas para os EUA e são, no caso do Brasil, uma "tentativa ilegal de influenciar questões internas".
Krugman afirma que a ideia de "vencer" uma guerra comercial não se aplica à realidade das negociações. Ele observa que a ameaça de tarifas prejudica outros países, mas não o suficiente, e critica a ilusão de que os EUA podem forçar mudanças políticas externas por meio dessas medidas.
Tarifas de até 50% sobre as exportações brasileiras são destacadas como um exemplo flagrante de abusos de poder, onde Trump pressiona o Brasil, especialmente no contexto do julgamento de Jair Bolsonaro.
Krugman enfatiza que a imposição de tarifas para pressionar políticas internas é ilegal e contraproducente. Em vez de enfraquecer o governo brasileiro, a estratégia tem fortalecido a popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva.
Além disso, ele critica a noção de que os países estrangeiros são os principais afetados, ressaltando que os consumidores americanos arcam com os custos das tarifas. O exemplo do suco de laranja isento de tarifas ilustra essa situação, evidenciando que produtos essenciais são priorizados para não prejudicar os consumidores.