Trump é um revolucionário. Será que ele vai alcançar seu objetivo?
Os primeiros 100 dias de Trump traçam um caminho de mudanças radicais, mas vulneráveis a reações adversas. A resistência pode surgir de investidores, eleitores e até mesmo do sistema judiciário, desafiando a busca do presidente por um poder executivo irrestrito.
Os primeiros 100 dias do segundo mandato de Donald Trump se destacam como os mais significativos deste século, comparáveis aos de Franklin D. Roosevelt.
Questionando que tipo de governo teriam, os americanos agora observam Trump liderando um projeto revolucionário para reformar a economia, burocracia, cultura e política externa, além de redefinir a ideia dos EUA.
A aprovação entre os republicanos é de 90%, e Trump enfrenta pouca resistência, atacando instituições que considera elitistas.
O método do movimento Maga envolve burlar leis por meio de decretos executivos, enquanto a teoria defende um poder executivo irrestrito, colocando em risco valores que tornam os EUA grandiosos.
Se não controlada, essa revolução poderá culminar em autoritarismo, admirando modelos como o de Viktor Orbán na Hungria.
O Congresso, inerte devido à dependência dos republicanos, vê a possibilidade de resistência surgir de investidores e da economia, preocupados com a instabilidade econômica e déficits orçamentários.
Recentemente, Trump teve que recuar em sua política de tarifas, e sua popularidade já caiu, com índices abaixo de 50% em estados indecisos.
A maioria dos americanos não deseja uma revolução, preferindo estabilidade e comércio justo sem caos. Embora Trump busque uma vitória eleitoral que solidifique seu legado, regras e resistências existem.
O Congresso pode se tornar um obstáculo, com os republicanos enfrentando dificuldades em aprovar leis, enquanto os democratas têm chances de retomar o controle da Câmara.
Além disso, a Suprema Corte já decidiu em caso de deportação indevida, mostrando que sua resistência a um presidente impopular é viável.
Se frustrado por investidores, eleitores ou atribulações jurídicas, Trump pode intensificar ataques a instituições, utilizando o Departamento de Justiça em busca de controle.
Independentemente do desfecho, os EUA não voltarão a ser como antes. Restam apenas 1.361 dias.