Trump diz que não planeja demitir Powell da presidência do Fed
Trump minimiza rumores sobre demissão de Powell, mas ressalta insatisfação com sua gestão. Parlamentares defendem a independência do Fed como crucial para a estabilidade econômica dos EUA.
Donald Trump, presidente dos EUA, afirmou que não pretende demitir Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, mas não descartou totalmente essa possibilidade.
Uma reportagem da Bloomberg indicou que Trump poderia demitir Powell em breve, resultando em quedas nas ações e no dólar, além de um aumento nos rendimentos dos Treasuries. Trump reagiu, chamando a reportagem de falsa.
Trum também criticou os custos de US$ 2,5 bilhões da reforma da sede histórica do Fed, mas o banco central defendeu suas ações, afirmando que não há indícios de fraude.
Após os comentários de Trump, as ações estabilizaram. Ele reafirmou suas queixas sobre Powell, chamando-o de um chair "terrível". Trump reconheceu conversas com parlamentares sobre a demissão.
O senador Thom Tillis defendeu a independência do Fed, avaliando que demitir Powell por desavenças políticas prejudicaria a credibilidade dos EUA. Tillis alertou que tal ato seria um "grande erro".
O líder da maioria no Senado, John Thune, também afirmou que seria problemático demitir Powell, concordando que Trump não tem intenção de fazê-lo.
Powell, nomeado por Trump em 2017 e reeleito por Joe Biden, possui mandato até 15 de maio de 2026. A Suprema Corte decidiu que o presidente do Fed só pode ser demitido por "justa causa".
A Casa Branca manifestou preocupações com as reformas do Fed, levando Powell a solicitar uma investigação sobre os custos envolvidos.
Atualmente, o Fed mantém a taxa de juros entre 4,25% e 4,5%, gerando descontentamento em Trump, que busca uma redução nas taxas. A próxima reunião do Fed está marcada para 29 e 30 de julho.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, informou que o "processo formal" para encontrar um sucessor de Powell está em andamento, com potenciais candidatos como Kevin Hassett e Christopher Waller.