Trump diz não estar alimentando tombo dos mercados intencionalmente e fala em 'remédio'
Trump reafirma que tarifas comerciais visam eliminar déficits, enquanto mercados enfrentam tumulto. Ele mantém posição firme e sugere que acordos só ocorrerão se houver redução significativa nas desigualdades comerciais.
Donald Trump declarou que não está intencionalmente prejudicando o mercado financeiro, mas não planeja recuar de sua política comercial que resultou em perdas significativas nas ações dos EUA.
Em entrevista a repórteres no Air Force One, após um fim de semana de golfe na Flórida, Trump afirmou que um acordo para reduzir tarifas deve buscar a eliminação do déficit comercial dos EUA.
Ele destacou: “Às vezes você tem que tomar remédio para consertar alguma coisa”, enquanto os mercados exibiam sinais de turbulência, com futuros de ações caindo e o iene subindo.
Trump mencionou conversas com líderes mundiais e reiterou que seu objetivo é acabar com déficits bilaterais, desafiando a situação econômica atual, onde os gastos do consumidor são cruciais para o crescimento.
Ele disse: “Não teremos déficits com seu país” e afirmou que está focado principalmente na China, afirmando que não fará acordos sem reduções significativas no déficit comercial dos EUA.
Quando questionado sobre a inflação devido às tarifas, Trump respondeu: “Não acho que a inflação será um grande problema”.
A tarifa inicial de 10% entrou em vigor no sábado (5), e tarifas mais altas, incluindo 34% para a China, serão aplicadas em breve. Trump também considerou tarifas adicionais em setores específicos.
Sobre a Europa, Trump mencionou que busca não apenas paridade comercial, mas também reparações, afirmando que as tarifas impostas obrigam a Europa a negociar condições favoráveis. “Eles querem conversar, mas não há conversa a menos que nos paguem muito dinheiro anualmente”, declarou.