Trump assina novos decretos sobre imigração e mira cidades que acusa de atrapalhar deportações
Trump assina decretos rigorosos sobre imigração e atuação policial. Medidas visam driblar resistência das "cidades santuário" e aumentar a deportação de imigrantes.
Donald Trump assina novos decretos focados em imigração e polícia, a poucos dias de completar 100 dias de governo.
Uma das ordens visa as “cidades santuário”, que limitam a cooperação em prisões e deportações de imigrantes. O presidente pediu que a procuradora-geral Pam Bondi e a secretária de Segurança Interna Kristi Noem publiquem uma lista dessas cidades e tomem medidas legais contra aquelas que se opuserem às políticas.
Outro decreto garante apoio jurídico aos policiais acusados de irregularidades e revisa restrições para atuação das polícias, buscando liberá-las para combater criminosos.
Além disso, Trump reforçou que motoristas de caminhão devem ter fluência em inglês, considerado um requisito de segurança.
A Casa Branca expressou frustração com cidades que bloqueiam a colaboração na prisão de imigrantes. Rochester, NY, já enfrenta um processo federal por obstruir a lei de imigração. O prefeito e o presidente da Câmara criticaram a ação, chamando-a de “teatro político”.
Outro caso envolve uma juíza de Milwaukee, também acusada de obstruir prisões. O governo já revisa subsídios a cidades para alinhamento com suas prioridades de imigração.
Um juiz de San Francisco bloqueou temporariamente a suspensão de verbas federais para as cidades que não cooperarem. Stephen Miller, vice-chefe de gabinete, acusa democratas de travar uma “guerra” contra autoridades federais, permitindo que imigrantes ilegais permaneçam livres.
Até o momento, o governo realizou 139 mil deportações, abaixo do número do governo Biden, mas com menos pessoas disponíveis para deportação devido à queda nas travessias na fronteira.
A partir de terça-feira, será exigido que imigrantes sem documentos a partir dos 14 anos se registrem e forneçam impressões digitais, sob pena de possíveis processos criminais.
Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira