Trump assina novos decretos sobre imigração e mira cidades que acusa de obstruir deportações
Trump intensifica ações contra "cidades santuário" e fortalece apoio às polícias em novos decretos. Medidas visam acelerar deportações e aumentar a segurança pública, enquanto a aprovação do presidente enfrenta desafios.
Washington - O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou novos decretos em 28 de abril, focando em imigração e polícias, a poucos dias de completar 100 dias de governo.
Um dos decretos visa as “cidades santuário”, que limitam a cooperação em prisões de imigrantes sem documentos. Trump ordenou que a procuradora-geral e a secretária de Segurança Interna publiquem uma lista dessas cidades e acionem medidas legais contra elas, acusando-as de “obstruir” a aplicação da lei.
Outro decreto oferece apoio jurídico a policiais acusados de irregularidades e revisa restrições sobre a atuação das polícias, equipando-as com aparatos militares. Segundo a Casa Branca, isso deve “liberar as forças de segurança para perseguir criminosos”.
Trump também reforçou que motoristas de caminhão profissionais devem ter proficiência em inglês como um “requisito de segurança inegociável”.
A Casa Branca, irritada com cidades que resistem à deportação, já processou Rochester, NY, por obstrução legal. O prefeito e o presidente da Câmara Municipal, ambos democratas, criticaram a ação como “teatro político”.
Além disso, o Departamento de Justiça processou uma juíza em Milwaukee por obstruir a prisão de um imigrante. Um juiz federal bloqueou temporariamente a suspensão de verbas federais para cidades que não colaboram com as autoridades de imigração.
Assessores de Trump veem as “cidades santuário” como um obstáculo à deportação em massa. O czar da fronteira, Tom Homan, relatou 139 mil deportações, abaixo do ritmo do governo Biden, e anunciou que, a partir de amanhã, imigrantes sem documentos a partir dos 14 anos terão que se registrar e fornecer impressões digitais.