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‘Trump acha que pode governar o mundo, mas não tem suco de laranja do Brasil’, diz Paul Krugman

Paul Krugman critica a tarifação de Donald Trump ao Brasil e destaca a ilegalidade de tentar influenciar a política interna de outro país. Economista ressalta a dependência dos EUA em relação ao suco de laranja brasileiro como evidência da fragilidade das tentativas de pressão.

Paul Krugman, economista americano e vencedor do prêmio Nobel de 2008, criticou a nova política comercial do presidente Donald Trump e a taxação do suco de laranja do Brasil, que ilustra a necessidade dos EUA do País. As tarifas, inicialmente previstas para entrar em vigor hoje, foram adiadas para a próxima semana.

Krugman afirmou que a taxação é um “flagrante” para influenciar a política interna brasileira, e descreveu a ação como “ilegal”. Ele ressaltou que as exigências de Trump ao Brasil são “excepcionais” e mais brandas do que para outros países.

O economista acusou Trump de ser um “inimigo da democracia” e criticou a utilização de tarifas para influenciar outras nações, considerando essa prática “totalmente ilegal”. Segundo ele, a situação dos EUA não justifica tais tarifas, dado que o país “está indo muito bem”.

Krugman observou que a isenção do suco de laranja, que representa 90% do suprimento dos EUA, indica que os EUA precisam do Brasil. Ele questionou por que o café, considerado essencial, não recebeu isenção.

A taxação de Trump, segundo Krugman, tem efeitos opostos, como a melhora na aprovação do governo petista no Brasil. Ele comparou a situação a ocorrida no Canadá, onde a pressão de Trump beneficiou o governo Liberal.

Por fim, Krugman discordou da ideia de que os EUA sejam o segundo parceiro comercial mais importante do Brasil, apontando que a China e a União Europeia compartilham porções maiores de comércio com o Brasil, e criticou a visão de Trump sobre o poder americano.

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