Trump acaba com isenção e retoma a 'taxa das blusinhas' dos EUA
Medida visa aumentar a arrecadação e controlar o fluxo de remessas internacionais, especialmente da Ásia. Com a mudança, pacotes de baixo valor enfrentarão tarifas que podem afetar o comércio eletrônico.
Ordem executiva de Trump suspende a isenção “de minimis” para remessas comerciais de baixo valor.
A decisão foi anunciada pela Casa Branca nesta quarta-feira.
A partir de 29 de agosto, pacotes de até 800 dólares enviados para os EUA fora da rede postal internacional estarão sujeitos a “todas as tarifas aplicáveis”.
Essa medida já foi adotada contra pacotes da China e de Hong Kong.
O projeto de lei sancionado por Trump revoga a isenção globalmente a partir de 1º de julho de 2027.
A Casa Branca afirmou que Trump age rapidamente para lidar com emergências e proteger empresas americanas.
Mercadorias enviadas terão duas opções de tarifas:
- Uma “tarifa ad valorem” igual à tarifa do país de origem;
- Uma tarifa fixa entre 80 e 200 dólares por um período de seis meses.
O volume de remessas de minimis recebidas pelos EUA aumentou de 134 milhões em 2015 para mais de 1,36 bilhão em 2024.
A Alfândega americana processa mais de 4 milhões dessas remessas diariamente.
Após o cancelamento da isenção de impostos para pacotes da China (início de maio), o volume de remessas aéreas daquele país caiu 10,7%.
As tarifas que variaram de 145% para cerca de 30% foram aplicadas antes e após uma trégua comercial entre os EUA e a China.
Comércio eletrônico de baixo valor da Ásia representa uma fatia crescente do transporte aéreo global, contribuindo significativamente para o setor logístico.
O senador Jim Banks elogiou a medida, afirmando que países como a China inundaram os EUA com importações baratas e sem tarifas.
Donald Trump continua suas ações em busca de controle no comércio internacional.