Tributação “corrige minimamente” distorção no mercado e títulos seguirão atrativos, diz Haddad
Ministro da Fazenda defende alíquota mínima de 5% para corrigir distorções no mercado de crédito e garantir a atuação do Tesouro Nacional. A medida é vista como um passo para reduzir juros e fortalecer a economia.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que há uma distorção no mercado de crédito devido à isenção tributária de instrumentos como LCI, LCA, CRI, CRA, FII e Fiagro.
Ele destacou que a tributação mínima de Imposto de Renda de 5% proposta no pacote fiscal "corrige minimamente" esse problema.
Segundo Haddad, a isenção atual compromete a rolagem da dívida pública e a atuação do Tesouro Nacional, pois os títulos privados competem com as emissões do órgão.
A nova alíquota permite um diferencial elevado em relação aos títulos, mantendo-os muito incentivados e atrativos aos investidores.
Ele acredita que a medida deverá beneficiar o país, podendo resultar na queda dos juros e do dólar.
Haddad mencionou que essa correção foi considerada por vários economistas ortodoxos após reunião com o presidente Lula.