Três fatores que explicam por que Tarcísio não quer deixar o governo para tentar o Planalto em 2026
Tarcísio de Freitas opta por não se desincompatibilizar para manter controle sobre sua candidatura ao Palácio do Planalto. O governador acredita que a desincompatibilização não é um risco viável devido à incerteza sobre a escolha de um sucessor por Bolsonaro.
Governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo planeja não se desincompatibilizar em abril do próximo ano para manter controle sobre seu futuro político.
A legislação eleitoral exige que ele deixe o cargo seis meses antes da eleição presidencial, mas Tarcísio teme não receber uma indicação de Jair Bolsonaro (PL) para sucedê-lo na eleição de 2026.
A expectativa é que Bolsonaro tente registrar sua candidatura até agosto de 2024, mesmo inelegível, o que reforça a cautela de Tarcísio.
Enquanto isso, líderes do Centrão, como Marcos Pereira (Republicanos) e Ciro Nogueira (PP), acreditam que uma indicação de Bolsonaro deve ocorrer até dezembro para organizar a centro-direita.
Outros nomes cotados, como Ratinho Júnior (PSD), Ronaldo Caiado (União) e Romeu Zema (Novo), enfrentam menores riscos, pois estão em seus segundos mandatos e precisarão se desincompatibilizar.
Tarcísio e seu grupo acreditam na recuperação da popularidade de Lula (PT), o que consolida a intenção do governador de buscar reeleição em São Paulo.
A família de Tarcísio está adaptada a São Paulo e reluta em mudar-se novamente. Apesar disso, a postura de Bolsonaro gerou dúvidas sobre o apoio ao governador, que também tem projetos importantes em andamento na área de transporte e infraestrutura.
Tarcísio desponta como favorito na corrida pelo governo paulista, onde a oposição pode lançar Márcio França (PSB) como candidato, alinhando-se a Lula. A saída de Tarcísio para a Presidência poderia abrir espaço para outros candidatos governistas, como Ricardo Nunes (MDB), Gilberto Kassab (PSD) e André do Prado (PL).