Trégua Trump-Xi sob risco com foco dos EUA em estudantes e tech
Tensões entre EUA e China aumentam com novas restrições a vistos e vendas de tecnologia, mesmo após um aparente avanço nas negociações comerciais. A hostilidade reflete desconfianças mútuas em um cenário onde ambos os países buscam reafirmar suas posições de poder.
Tensões entre EUA e China aumentam após declaração de "recomeço total" por Donald Trump. Recentemente, o governo americano anunciou a revogação de vistos de estudante chineses e novas restrições à venda de softwares de design de chips e peças de motores a jato.
A decisão segue tentativas de impedir a Huawei Technologies de vender chips de IA globalmente, gerando forte reação de Pequim. Segundo Alfredo Montufar-Helu, do Conference Board, as negociações não abordaram as questões centrais, como domínio tecnológico.
Embora as tarifas tenham sido reduzidas temporariamente, ainda não há acordo para reequilibrar o comércio. Discordâncias sobre o comércio ilegal de fentanil e controle de terras raras permanecem. Até agora, Trump não conversou com seu colega chinês desde que assumiu novamente.
A repressão aos estudantes chineses foi anunciada pelo secretário de Estado Marco Rubio e reflete a influência dos linha-dura no governo. A China classificou a política como "discriminatória" e prejudicial à sua reputação global, mas não sinalizou retaliação imediata.
A desconfiança entre os países é crescente, com ambos os lados viendo a China como uma ameaça à segurança. O Chairman do Comitê Seleto da Câmara, John Moolenaar, defendeu as ações dos EUA como resposta à agressão do Partido Comunista Chinês, alegando que os estudantes atuam em benefício do governo chinês.
Moolenaar ressaltou a necessidade de um relacionamento que reconheça a realidade atual da China, após conseguir que Harvard não matriculasse estudantes internacionais devido a supostas ligações com o Partido Comunista.