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Transição energética é interesse estratégico comum

Ministro brasileiro destaca a importância do multilateralismo na transição energética durante painel em Xangai. Especialistas discutem oportunidades de cooperação entre Brasil e China em energias renováveis e tecnologia.

Transição energética e desafios da energia renovável foram discutidos no terceiro painel do “Summit Valor Econômico Brazil-China 2025”, realizado hoje em Xangai.

O ministro brasileiro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que não há solução climática sem multilateralismo. Ele destacou a importância da COP30 em vincular sustentabilidade ao aspecto social e valorizar ativos naturais da energia renovável.

Liu Dehua, do Centro de Energia China-Brasil, enfatizou que com a retirada dos EUA dos compromissos climáticos, China e Brasil se tornam essenciais no processo. Ele destacou o potencial da biomassa brasileira nas metas de descarbonização da China até 2060.

Jorge Arbache, da Universidade de Brasília, chamou atenção para a posição do Brasil como parte da solução global de baixo carbono e sua sinergia com a China. Ele mencionou o baixo risco geopolítico como um atrativo para investimentos.

Victor Zhang, da Huawei Digital Power, apontou o grande potencial eólico e solar do Nordeste brasileiro, e ressaltou a necessidade de ajustes nas redes de transmissão.

Sun Tao, da State Grid Brazil Holding, confirmou o compromisso da empresa no Brasil, utilizando tecnologia de ultra alta tensão para transporte de energia renovável.

Li Yinsheng, da China Three Gorges International, comentou sobre a limitação da capacidade das hidrelétricas brasileiras, a necessidade de aumentar capacidade instalada e a pesquisa para novas opções energéticas.

Li Sisheng, da Power China International, destacou que as vantagens do Brasil em energias renováveis atraem investimentos, especialmente para data centers voltados à inteligência artificial.

O summit é realizado pela Editora Globo e Valor Econômico, em parceria com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e Caixin Global, com apoio de diversas instituições.

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