Transição energética depende da Margem Equatorial, diz Silveira
Ministro critica atraso no licenciamento ambiental que impede exploração de petróleo na Margem Equatorial. Apesar das pressões, o Ibama ainda não decidiu sobre o novo pedido da Petrobras.
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em 8 de abril de 2025 que o atraso no licenciamento ambiental para exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial está dificultando a transição energética no Brasil.
A declaração ocorreu durante a Gas Week, um evento sobre gás natural.
Silveira destacou que a demora na análise do pedido da Petrobras pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) impede o aproveitamento do potencial da Bacia da Foz do Rio Amazonas, no Amapá.
Ele comparou a situação com a Guiana, que avança mais rapidamente na exploração e já comercializa um tipo de óleo “mais leve”, com menor emissão de poluentes.
A Petrobras teve seu pedido para explorar o bloco FZA-M-59 negado em 2023 e tenta se habilitar para perfuração na região. Recentes descobertas de petróleo e gás em
- Colômbia
- Guiana
- Guiana Francesa
- Suriname
A demora do Ibama tem gerado desgaste no governo, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e alguns ministros apoiando a exploração da Margem Equatorial.
Silveira criticou a falta de explicações do Ibama sobre a negativa e solicitou uma reunião com o presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, para tentar avançar no processo. O encontro ainda não ocorreu, mas parte do governo já considera a autorização do Ibama como provável.