Trama golpista: quais os próximos passos da ação penal e quando será o julgamento de Bolsonaro e mais réus

Encerramento da fase de interrogatórios do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus marca a reta final da "fase de instrução" da ação penal sobre o "núcleo crucial" da trama golpista.

Defesas podem pedir novas diligências, que serão avaliadas pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, na Primeira Turma do STF.

• A fase seguinte inclui alegações finais.
• Julgarão o caso os cinco ministros da Primeira Turma.
• Julgamento deve ocorrer entre setembro e outubro deste ano.

Nos últimos dias, os réus prestaram depoimento. O tenente-coronel Mauro Cid, que tem delação premiada, afirmou que Bolsonaro confirmou a existência da "minuta do golpe".

Bolsonaro negou as acusações de golpe, mas admitiu ter apresentado "hipóteses constitucionais" após as eleições de 2022. Ele debatedeu sobre uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

Além de Cid e Bolsonaro, foram ouvidos outros réus, como o deputado Alexandre Ramagem e ex-ministros. Todos compareceram presencialmente, exceto Walter Braga Netto, que participou por videoconferência.

Na fase de alegações finais, a acusação e as defesas apresentarão argumentos escritos. Mauro Cid será o primeiro a se manifestar, seguido pelos demais réus em 15 dias.

Após essa etapa, Alexandre de Moraes elaborará um relatório e o voto para a marcação do julgamento, com possibilidade de recurso em caso de condenação ou absolvição.