“Trama golpista é farsa e delação de Cid deve ser anulada”, diz Bolsonaro
Bolsonaro reafirma que processo no STF é uma "farsa" e pede anulação da delação de Mauro Cid. Ex-presidente defende a liberdade de militares detidos e alerta para danos ao Estado de Direito.
Jair Bolsonaro (PL) negou novamente a tentativa de golpe de Estado, após depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre suposta ruptura democrática em 2022.
Em publicação na rede social X, Bolsonaro chamou a apuração de “farsa” e uma “caça às bruxas” contra ele e seus apoiadores, afirmando que o processo é “movido por vingança, não por verdade”.
A declaração seguiu uma reportagem da revista Veja, que revelou que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator, teria mentido ao STF durante seu acordo de colaboração premiada.
A publicação mencionou que Cid utilizou um perfil não oficial (@gabrielar702), violando regras do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Bolsonaro argumentou que as mensagens atribuídas a Cid mostram que a “trama golpista” é sustentada por falsidades, dizendo: “Um enredo montado para perseguir adversários políticos.”
Ele destacou frases de Cid, que sugerem que “Bolsonaro não ia fazer nada” e que “não precisa de prova, só de narrativa”. Para Bolsonaro, isso prova que a delação ocorreu sob pressão e deve ser anulada.
Após um depoimento mais cauteloso, Bolsonaro intensificou o tom nas redes sociais, pedindo a anulação da delação de Cid e a libertação de militares e civis presos após os eventos de 8 de janeiro.
“Esse processo político disfarçado precisa ser interrompido para evitar danos ao Estado de Direito”, disse ele, finalizando com um apelo: “Chega dessa farsa. Não se constrói um país sobre mentiras, vingança e arbítrio.”