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Trair a pátria sem punição

Paul Krugman critica a proposta de tarifas de Donald Trump contra produtos brasileiros, alertando para os riscos à soberania nacional. Especialistas analisam a situação como uma violação da ética política, ao mesmo tempo em que a legislação atual permite impunidade a condutas lesivas ao país.

Paul Krugman, laureado com o Prêmio Nobel de Economia em 2008, critica o atual presidente dos EUA por seu plano de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros em 2025, classificando-o como megalomaníaco.

Krugman, especializado em comércio global, alerta que essa política tarifária se desvia do manejo responsável e representa um abuso de poder. A situação é vista como uma forma de chantagem política internacional, colocando em risco a soberania nacional do Brasil.

As tensões comerciais podem prejudicar severamente as exportações, especialmente no setor agro, que tem limitações de adaptação a novos mercados devido à natureza perecível dos produtos.

O deputado Eduardo Bolsonaro é mencionado como articulador do tarifaço, e há um movimento na Comissão de Relações Exteriores para reconhecer Trump por suas ações. A situação provoca discussões sobre a violação da Lei de Improbidade Administrativa, mas a atual legislação, aprovada durante o governo Bolsonaro, reduziu significativamente as penalidades para esses casos.

Com a nova lei, atos de traição à pátria não são mais considerados crimes e, portanto, não há punição direta, restando apenas a possibilidade de cassação de mandato por falta de decoro parlamentar.

O cenário atual, com a queda no número de ações de improbidade, revela um contexto complicado onde a impunidade se torna a norma, levando a uma expectativa baixa para novas leis que possam reverter essa situação.

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