Tragédia no RS impulsiona contratações, e seguros têm arrecadação recorde

Um ano após a tragédia no Rio Grande do Sul, o mercado segurador brasileiro obteve resultados positivos.

A CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) reportou que, sem considerar planos de saúde, foram contratados R$ 436 bilhões em seguros, um aumento de 12% comparado a 2023.

“Ficou essa maior percepção sobre como se precaver”, afirma Dyogo Oliveira, presidente da CNseg.

Indenizações totalizaram R$ 243 bilhões, com crescimento de 10%. Apenas as inundações no RS geraram R$ 6 bilhões em ressarcimentos, através de 57,6 mil sinistros.

No Rio Grande do Sul, a contratação de seguros também bateu recorde com R$ 31 bilhões, embora a alta tenha sido menor (5,7%) em relação ao ano anterior. No segundo semestre de 2024, o ritmo de contratação superou a média nacional em quase todos os segmentos.

Os maiores aumentos anuais foram em:

• Seguros patrimoniais: 16,3%
• Coberturas de pessoas: 15,6%
• Seguros de pessoas: 16,2%

No primeiro bimestre de 2025, os seguros habitacionais tiveram um salto de 51,9% nas contratações.

No entanto, houve uma queda de 9,8% na previdência privada no estado, maior que o recuo nacional de 2,7%. “As famílias ainda estão com suas finanças comprometidas”, destaca Oliveira.

A CNseg está desenvolvendo um hub de dados climáticos para entender melhor os riscos das apólices, reconhecendo que o cenário de riscos climáticos mudou.

Oliveira enfatiza que o Brasil não está preparado para catástrofes e sugere a criação de um seguro social de catástrofe, que indenizaria afetados com R$ 5.000 por moradia, financiado por uma taxa mensal nas contas de serviços públicos.

Outro ponto discutido é a ampliação do seguro rural para financiamentos menores, começando a partir de R$ 100 mil.