Traders correm para desembarcar café brasileiro nos EUA antes da tarifa de 50% anunciada por Trump
Traders apressam remessas de café brasileiro para os EUA antes da nova tarifa de 50% que entrará em vigor em agosto. A medida pode causar aumentos significativos nos preços, afetando tanto importadores quanto consumidores americanos.
Traders de commodities estão acelerando a exportação de café brasileiro para os EUA antes da nova tarifa de 50% anunciada por Trump, que entra em vigor em 1º de agosto.
Dados recentes mostram que os preços ao consumidor nos EUA subiram em junho, refletindo o impacto das tarifas.
Alguns traders estão redirecionando navios e outros enviando café de estoques em países vizinhos para escapar da tarifa. Importadores já estão ajustando os preços de atacado para incluir a nova taxa.
Jeff Bernstein, da RGC Coffee, afirmou que algumas cargas estão chegando mais cedo, enquanto outras não podem ser aceleradas. Não há alternativas disponíveis para o café ainda não enviado do Brasil.
O Brasil responde por um terço de todo o café consumido nos EUA, que produz apenas 1% do que utiliza. A nova tarifa pode provocar uma onda de aumentos de preços, segundo analistas do mercado.
Steve Walter Thomas, da Lucatelli Coffee, criticou a tarifa, considerando-a uma ameaça existencial para os importadores.
A cooperativa brasileira Expocacer não vê possibilidade de renegociação para entregas após 1º de agosto e ressaltou que a tarifa será paga pelos importadores.
Traders alertam que, se a tarifa se mantiver, o fluxo global de café mudará, com o Brasil enviando grãos para Europa e Ásia, enquanto os EUA buscarão mais suprimentos da África e América do Sul e Central.
Dunkin Donuts, Tim Hortons e Starbucks utilizam café brasileiro em suas misturas, mas não comentaram sobre a situação.
A Associação Nacional do Café (NCA) pediu ao governo que isente o café das tarifas sobre o Brasil, ressaltando sua importância na vida cotidiana e economia dos EUA.