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Trabalho informal tem participação recorde no setor privado em 2024

Proporção de trabalhadores sem carteira assinada atinge o maior patamar desde 2012, indicando um crescimento contínuo da informalidade no setor privado. O aquecimento da economia impulsiona o aumento de vagas informais, mas gera incertezas sobre a sustentabilidade dessa demanda por mão de obra.

Proporção de Trabalhadores Informais Atinge Recorde

Até o 4º trimestre de 2024, 14,2 milhões dos 53,4 milhões de trabalhadores do setor privado não tinham carteira assinada, representando 26,6%. Este é o maior índice desde o início da série histórica do IBGE, em 2012.

O aumento no número de trabalhadores informais está ligado ao crescimento econômico acelerado dos últimos anos. Apesar do aumento de vagas formais, a manutenção do desempenho ainda é incerta.

De acordo com o Poder360, a pesquisa foi baseada na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), que mede também os rendimentos médios. Em 2024, o rendimento médio para trabalhadores sem carteira caiu de R$ 1.134 em 2013 para R$ 731, mostrando que houve valorização dos informais.

O economista Renan Pieri da FGV explica que, em tempos de incerteza econômica, as empresas optam por contratar informais para evitar custos trabalhistas de demissão. Ele destaca também a demanda crescente por freelancers, que contribui para o aumento dos informais no setor privado.

Além disso, o Brasil tinha 26 milhões de funcionários classificados como “conta própria”, com uma alta de 1,6% em relação ao ano anterior.

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