Trabalho doméstico formal cai 18% em 10 anos, diz estudo

Queda nos Vínculos Formais de Trabalho Doméstico: O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou, em 15 de maio de 2025, um estudo mostrando uma redução de 18,1% nos vínculos formais de trabalho doméstico no Brasil entre 2015 e 2024. O total de postos formais caiu de 1.640.609 para 1.343.787, resultando em aproximadamente 300 mil vínculos a menos.

Maiores Reduções: Os estados com maiores quedas foram Rio Grande do Sul (-27,1%), Rio de Janeiro (-26,1%) e São Paulo (-21,7%). Apenas Roraima, Tocantins e Mato Grosso não tiveram redução.

Perfil dos Trabalhadores: Predominantemente feminino, com 89% de mulheres. A diminuição de vínculos foi de 19,6% para mulheres e 3,5% para homens. As pessoas negras ocupam 54,4% dos postos formais, com envelhecimento da categoria (45% têm 50 anos ou mais).

Idade e Escolaridade: Quedas expressivas em faixas mais jovens: 47,3% entre 30 e 39 anos. A escolaridade aumentou, com 40,9% dos trabalhadores tendo ensino médio completo e aumento de 70,8% nos vínculos de pessoas com ensino superior.

Remuneração e Jornada: Salário médio subiu 6,7%, de R$ 1.758,68 para R$ 1.875,94. 67,7% dos trabalhadores atuam mais de 40 horas semanais.

Declarações Oficiais: O ministro Luiz Marinho destacou a importância da proteção social e da formalização no setor. A subsecretária Paula Montagner considerou a análise um avanço para políticas públicas. Mariana Almeida ressaltou a necessidade de maior proteção social e valorização salarial.

Impacto da Pandemia: O estudo também notou que a pandemia afetou significativamente a contratação de trabalhadores domésticos, especialmente devido às medidas de isolamento social.

Planejamento de Ações: Dercylete Lisboa, Coordenadora-Geral, acredita que os dados podem auxiliar no cumprimento das normas do trabalho doméstico e conscientização da importância do setor para a sociedade brasileira.