Toyo Engineering é multada em R$ 566 milhões por fraudes em contratos com a Petrobras
Multa é resultado de investigações da Operação Lava-Jato que identificaram pagamentos de propina em contratos com a Petrobras. Além da penalização financeira, Toyo Engineering e PPI estão impedidas de participar de licitações públicas.
Toyo Engineering Corp., controladora da Projeto de Plantas Industriais (PPI), foi multada em mais de R$ 566 milhões por corrupção em contratos com a Petrobras.
A condenação foi divulgada no Diário Oficial da União e aplicada pela Controladoria-Geral da União (CGU), como parte da Operação Lava-Jato.
As fraudes ocorreram em um contrato de R$ 3,8 bilhões para a construção da Central de Desenvolvimento de Plantas de Utilidades (CDPU) no Complexo Petroquímico do Rio.
A Toyo Engineering e a PPI foram consideradas "inidôneas", proibidas de participar de licitações e firmar contratos com a administração pública.
O julgamento do Processo Administrativo de Responsabilização (PAR) contra as empresas revelou que, entre 2011 e 2014, foram pagos propinas de aproximadamente 1% do contrato a dirigentes da Petrobras.
As investigações também expuseram um esquema de cartelização de empresas, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações, configurando atos lesivos conforme a Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013).
A CGU apresentou evidências que incluíam documentos e depoimentos, resultando nas sanções administrativas previstas pela legislação.
Além da multa, as empresas deverão publicar as decisões administrativas em veículos de comunicação de grande circulação e em seus sites.